Impacto do covid-19 no mercado de trabalho

A pandemia COVID-19 e as medidas necessárias à sua contenção traduziram-se num choque muito severo sobre o tecido empresarial português. Os principais resultados mostram uma quebra bastante expressiva da atividade das empresas no segundo trimestre de 2020, com efeitos muito adversos sobre a sua liquidez.

Em particular, o alojamento e a restauração destacam-se como os setores mais afetados pela pandemia. Por outro lado, o impacto sobre o emprego foi relativamente contido, mas observaram-se reduções acentuadas no pessoal efetivamente a trabalhar, atenuadas pela utilização do teletrabalho.

A percentagem de trabalhadores que não se encontravam a trabalhar mais que duplicou, atingindo os 17%. Em julho de 2020, quase 50% dos trabalhadores da UE haviam mudado para o regime de teletrabalho a tempo inteiro ou parcial. Os trabalhos de curta duração, que visam proteger o emprego, têm amortecido o impacto do COVID-19, mas o âmbito e o nível de apoios/subsídios atribuídos variam significativamente de país para país.

Por fim, as empresas que beneficiaram das medidas de apoio adotadas pelo Governo foram as que se encontravam numa situação mais desfavorável e estas medidas tiveram um papel muito relevante na salvaguarda da sua sustentabilidade financeira e na preservação do emprego.

Autoria: Avelino Braga; 10.ºB