Exclusivo/ Entrevista

Luís Bragança analisa os resultados da eleição para a Associação de Estudantes e considera que o cargo que atualmente ocupa lhe traz muita responsabilidade e trabalho.

Aluno do 12.ºano, da turma A, estudante do Curso de Ciências e Tecnologias, Luís Bragança aceitou falar com os repórteres do jornal “Ao largo” sobre todo o processo eleitoral.

De onde surgiu a ideia de formar a lista de candidatura?

Curiosamente, estava em casa a pensar, recebi o email do diretor pedagógico e pensei: estamos no último ano do ensino secundário, por que não criar uma lista e tentar fazer algo de inovador pelo colégio? Propus a ideia aos meus colegas e surgiu a lista ALPHA. Seguimos em frente e acabou por resultar bem.

Luís Bragança, Presidente da Associação de Estudantes

Por que razão acham que foram eleitos?

Para começar, fomos a única lista que concluiu a campanha eleitoral, durante os dois dias definidos, e não só, também preservamos os interesses de todos os alunos e não exclusivamente do 2.º e 3.º ciclos e do ensino secundário. Preocupamo-nos igualmente com os mais novos. Tentamos sempre ter bastante comunicação e compreensão com toda a comunidade educativa e acho que foi vantajoso para nós.

O que é ser Presidente de uma associação de estudantes?

O que é ser presidente? É um cargo que traz muita responsabilidade e muito trabalho. É muito gratificante termos conseguido ganhar as eleições, mas é uma responsabilidade acrescida, que traz bastante trabalho, esforço e dedicação. Mas não é por isso que vamos baixar os braços, temos planos. Tudo faremos para honrar os votos e a confiança dos alunos.

A Secretária da Associação de Estudantes, aluna do 12.ºano, Bárbara Carmelo, acompanhou de perto a intervenção do presidente e também respondeu às nossas perguntas.

Bárbara Carmelo, Secretária

Quais são os projetos que pretendem implementar no colégio?

Como referimos nos nossos panfletos, o nosso objetivo é ajudar os alunos e intermediar a relação dos estudantes com a Direção do Colégio. Já tivemos uma reunião não só com o diretor pedagógico, como também com os delegados de turma, de forma a delinear todas as nossas ações. Uma das nossas primeiras medidas é proporcionar às estudantes acesso a produtos de higiene íntima nas casas de banho, porque consideramos importante, principalmente nas idades mais novas. A nossa segunda medida, será a comemoração do Dia dos Afetos com uma caixa de São Valentim, no dia 14 de fevereiro, em que apelamos a todos para a criação de cartas onde manifestamos o nosso afeto à família João Paulo II.

Qual a diferença entre as vossas propostas e as propostas apresentadas pelas listas vencedoras nas eleições dos anos anteriores?

Que eu me lembre, só houve uma eleição anterior, que foi em 2018, vencida pela lista S e o nosso objetivo é marcar pela diferença. Efetivamente, tiveram algumas medidas que nós também tentaremos implementar, porque fazem sentido. A diferença é que as queremos colocar em prática. Portanto, acho que a grande diferença será essa, pôr em prática.

Qual a importância que atribuem à representação dos alunos no colégio?

Eu entrei no colégio quando era muito novinha, tinha 3 anos, e, portanto, vi o colégio a crescer. Quanto mais uma instituição cresce, mais difícil é mantê-la unida. Acho que é esse o principal objetivo da associação de estudantes, a união, o companheirismo e a confiança que podemos transmitir aos nossos colegas. Portanto, eles sabem que qualquer coisa que precisem podem vir falar connosco, a associação de estudantes tentará resolver e falar com quem de direito, tentando de uma forma democrática agradar a todos.

António Gonçalves, aluno do 12.ºano, tesoureiro da Associação, também teve a gentileza de responder a algumas questões.

António Gonçalves, Tesoureiro

Apesar das vantagens na representação dos alunos, quais os aspetos negativos do vosso cargo? 

Sem sombra de dúvida, o maior aspeto negativo é a pressão que nós sentimos enquanto associação, mas também é para isso que cá estamos. É a expectativa que os alunos têm sobre nós e a nossa ação. Eles querem representação, querem que sejamos a sua voz e é esse o nosso objetivo, é uma função sempre muito complicada, porque envolve aspetos que nem sempre controlamos. Em resumo, todas as vantagens de poder representar os alunos deste colégio ultrapassa qualquer desvantagem ou pressão que possa surgir.

Quais são as funções de cada cargo? 

Inicialmente, nem pensamos muito nos cargos. Por exemplo, eu, como tesoureiro, tive de tratar da parte financeira, dos gastos com a campanha; o presidente tem as funções mais importantes, mas, sinceramente, todos ajudamos por igual, mesmo em termos de presença, material, etc.  Agora que já iniciamos o nosso mandato, como a secretária já referiu, vamos organizar o “Dia dos Afetos”,  esse será o nosso primeiro grande evento.

Como foi atribuído cada cargo? 

A ideia da lista foi do nosso Presidente, Luís Bragança, na altura ele reuniu um grupo de amigos e de pessoas que achou que gostariam de participar. Reuniu-nos todos numa sala e, consultando os estatutos da associação, tentamos formar lista. Em primeiro lugar, o nosso Presidente Luís, que na altura não era Presidente, candidatou-se para o cargo, por unanimidade foi o escolhido. Depois, nos restantes cargos, procuramos adequar às características de cada um. Na parte da direção fiscal, pretendíamos escolher alguém mais dentro dessa área, tendo em conta os cursos científico-humanísticos que frequentamos. Por exemplo, o nosso diretor fiscal anda na área da economia e, por isso, pareceu-nos a melhor solução. A direção da assembleia geral ficou a cargo do aluno, Gonçalo Sousa, um aluno com competências de liderança tal como Luís Bragança. Miguel Gregório foi o candidato ideal para a Direção fiscal. Fomos, assim, vendo as particularidades de cada um. Eu, por exemplo, candidatei-me para o cargo de tesoureiro e os meus colegas consideraram que tinha as competências ideais.

Transcrição: Beatriz Coelho

Repórter: Joana Dias