Setembro: o mês do recomeço

Setembro é, para muitos, o mês do recomeço, do regresso à rotina, de reencontrar rostos conhecidos e que nos são muito queridos. “Um Bom Ano para ti” é o verso mais ouvido pelos corredores deste colégio. Setembro é, para alguns de nós, o mês da adaptação, de novas conquistas e metas a alcançar. Setembro é, assim, um misto de emoções agridoces que nos fazem ansiar e temer a chegada desta nova etapa. Talvez até o pudéssemos renomear como o nosso “segundo 1 de janeiro”. Por este ser indissociável dos novos recomeços, preocupações e receios face ao ano letivo que alvorece, é imprescindível atender a estas inquietações que são transversais à maioria de nós. Cada novo início de ano, são novas as exigências que irrompem no nosso quotidiano, sejamos nós alunos, pais, professores/educadores, psicólogas, auxiliares de educação ou até diretores. Este mês é, assim, uma maré avassaladora de desafios.

Neste sentido, e de forma a apoiar esta transição, o Gabinete Psicopedagógico procura ajudar a minimizar todo este processo, que, para alguns, pode não passar de mais uma etapa, mas, para outros, pode mesmo significar “A etapa”. Por não sermos todos iguais, mas distintos uns dos outros, são dinamizados programas/palestras de apoio à transição para alunos e para pais, porque não são só os mais pequenos que têm medos, inseguranças e dúvidas. Com estes programas, dá-se valor às novas conquistas, reflete-se que o tempo de aprendizagem e assimilação de conteúdos não é e nunca será igual para todos, desmistificam-se crenças negativas associadas à entrada nos novos ciclos, apresentam-se estratégias de estudo que fortalecem o percurso dos alunos, fomenta-se a consciência da pertença positiva nos grupos (turmas), potencia-se a empatia e procura-se minimizar os sintomas associados à ansiedade face às avaliações, etc. 

Mais uma vez, ressalva-se que o “ser igual ao outro” não existe e que, por isso, cada criança reage particularmente a cada momento. Para umas, o regressar às aulas retrata um caminho normativo da aprendizagem, exteriorizam alegria e excitação no reencontro com amigos e professores. Contrariamente, para outras, é espelho de alguma ansiedade, dificuldade em lidar com a mudança, timidez e inibição. Esta etapa é também exigente para os pais e professores, que com todas as ferramentas que dispõem a seu redor tentam o seu melhor, para dar o colo e a confiança ao aluno de que é capaz.

Setembro é, assim, desafiante!

Psicóloga Marta Silva (Gabinete Psicopedagógico)