Por esta altura já todos vimos ou ouvimos falar da atuação icónica de Ryan Gosling nos Óscares, ao cantar “I‘m Just Ken” do filme Barbie, que encheu salas de cinema por todo o mundo.
A Barbie, apenas “uma boneca de plástico”, como classificada pelo comediante e ator Jo Koy num sentido pejorativo e sexista nos Globos de Ouro deste ano (imediatamente atacado e odiado em todas redes sociais) parecia ser algo a permanecer apenas na nossa infância. Porém este não foi o caso, uma vez que com o lançamento do live action Barbie, no verão do ano passado, a boneca voltou a ganhar destaque e, desta vez, em todas as idades.
Mas será que o filme foi realmente merecedor de todo o mérito que recebeu? Definitivamente, este tema é algo bastante controverso. Na nossa opinião, uma vez que aborda temas muito importantes atualmente, tais como dependência emocional, machismo, liberdade de expressão e quebra a ideia estereotipada de uma Barbie que limitava os padrões de beleza e causava uma falta de amor próprio nas mulheres que não se reviam nela, concordamos com o sucesso alcançado pela obra cinematográfica. A verdade é que, mesmo quem desgostou do filme tem de concordar que a Barbie foi um fenómeno no verão, sendo o rosa até a cor dominante em 2023.
Voltando ao assunto inicial, Ryan Gosling, vestido de cor-de-rosa de cima a baixo surpreendeu o mundo com uma atuação hilariante, incorporando a sua personagem no filme, Ken. Nomeada para um Óscar na categoria de Melhor Canção Original, “I’m Just Ken” foi interpretada de forma a honrar Marilyn Monroe que, em atuações passadas, teria também aludido à boneca Barbie. A performance de Gosling foi algo inovador, que veio inesperadamente, e que se tornou uma boa forma estratégica de, após a agitação inicial com o lançamento do live action, continuar a relembrar as pessoas do sucesso que foi Barbie.
Assim sendo, verificamos que, desde 1959, quando a boneca foi primeiramente lançada pela Mattel, sem qualquer evidência de um dia se tornar a boneca mais famosa do mundo, Barbie ultrapassa sempre as nossas expectativas, tornando qualquer coisa relacionada consigo num verdadeiro fenómeno.
Artigo de Leonor Sitú, Mafalda Sequeira e Maria Eduarda Roque | 12ºE