No passado dia 5 de abril, as turmas A e B do 8.º ano, realizaram uma visita de estudo à cidade do Porto.
O programa iniciou-se com uma visita guiada à Casa da Música, arrojado edifício do arquiteto Rem Koolhaas, onde se podem ouvir diferentes tipos de música. Foi uma oportunidade para conhecer um pouco dos bastidores, a melhor sala do mundo em termos de som, projetado pelo engenheiro de arquitetura acústica (Renz van Luxemburg) e ver um ensaio da orquestra residente. Ainda foi possível perceber a importância do fenómeno da reflexão do som, as suas consequências (eco e reverberação) e quais os materiais a terem em conta na construção destas mesmas salas.
Na parte da tarde, visitamos o Instituto Geofísico da Universidade do Porto, situado em Vila Nova de Gaia, de onde se tem uma soberba vista sobre o centro histórico do Porto, que é Património da Humanidade. Com a ajuda de uma planta urbana, devidamente alinhada com o rio Douro, realizou-se uma atividade prática, assinalando-se os edifícios e as construções que se destacavam à nossa frente: o Pavilhão Rosa Mota, a Sé Catedral, a torre dos Clérigos, a Muralha Fernandinho, a linha de comboio, a igreja do Bonfim, sem esquecer as seis pontes que unem o Porto a Vila Nova de Gaia (Arrábida, D. Luís I, Maria Pia, Infante D. Henrique, São João e Freixo). Dos materiais que se encontram nas pontes, o ferro e o cimento, passando pelos monumentos, construídos em granito, vimos algumas espécies botânicas do jardim, sem esquecer acontecimentos históricos que aqui se passaram. Evocaram-se as Invasões Francesas (1807), o cerco do Porto (1833) e a inauguração da Ponte Maria Pia (1877) de Gustave Eiffel. Dentro do edifício do Instituto Geofísico, vimos como funcionavam alguns instrumentos de medição e como se registavam manualmente todos os valores recolhidos, hora a hora, dia a dia, ano a ano (precipitação, temperatura, humidade, pressão atmosférica, intensidade e direção do vento, entre outros indicadores). Vimos, ainda, um bunker onde está instalado o Sismógrafo do Porto, oferta dos EUA em 1962, com aparelhos capazes de registar um sismo até na Nova Zelândia, país da Oceânia, localizado nos antípodas de Portugal. Os tempos eram de Guerra Fria e ficamos a conhecer o objetivo dos EUA: saber se e quando o inimigo soviético realizava testes atómicos.
De seguida, dirigimo-nos ao Espaço Mira, situado nuns antigos armazéns, situados perto da Estação da Campanhã, polo cultural dedicado à fotografia, onde vimos duas exposições: uma relativa aos concorrentes do Mira Mobile Prize e outra exposição que mostra o Porto de outros tempos, das décadas de 50, 60 e 70 do século passado, pelo quase desconhecido fotógrafo Bernardino Pires.